Espelho do submundo

Deitado na calçada

Seu lar

Sujo;

Olhar perdido

Como se a vida tivesse

Deixado órfão

É...

Meu semelhante

Por escolhas

Por ter sido modelado

Pelos atos

Ou mesmo da família. .

O que diferencia

Está na fantasia pisando

No real...

A não que escreve

Não remete ao poema

Como solidário

De qualquer forma

A mentira estampa a face

Apostam na sedução como

Bolsa de valores.

O amor incondicional não funciona

Na cadeia de interesses.

O homem por si é egoísta

Com alheios ou no seu íntimo.

É indigente falando de gente

Aqui sou uma dessas

Como você que acredita ser algo mais

E a realidade lhe dá um tapa

Calçando botas de algodão.

Nas calçadas das subterrâneas

Cidades

Feitas de pedras e farelos.

Se os pássaros soubessem falar

Nosso ego cansativa de assobiar...

Gente é gente

Imundo,

Sujo;

Em qualquer lugar do mundo

No próprio submundo.

Lilian Meireles
Enviado por Lilian Meireles em 12/03/2017
Código do texto: T5938220
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