Ser ou não ser... eis uma grande questão.
Não, eu não sei o que sou.
Não, eu não sou o que sou.
Não! Eu não sou!
Não sou mais o que sou,
Não sou mais o que fui,
Não sou mais o que serei.
A partir de hoje,
Não serei mais,
Apenas não serei mais,
Não desejo mais ser.
Não quero mais olhar-me,
Desvio o olhar para a natureza,
Desvio o olhar, para a sua beleza.
Sonho com o encanto das águas.
Como me agrada a maciez do mar.
Sonho com o brilho, com a força que há no verde das arvores,
Com o barulho, do vento, o movimento das folhas,
O canto dos passarinhos.
Inspiro com todas as forças,
esse teu cheiro traiçoeiro, oh natureza.
Como me encanto o teu sublime.
Me pergunto,
E isso me intriga em demasia:
Será que esse sublime só existe para mim?
Será que ele só existe em meu olhar?
Não mais me importo em saber de onde vem,
Peço penas que continue belo
enquanto ainda possa durar...