VIAJANTES SEM DESTINO
O vento frio beija meu rosto
Não sinto cheiro nem gosto
O céu da manhã não é mais cálido
É quieto e escurecido, cinza e pálido
Da mais alta torre com os corvos a rodear
Eu comtemplo a miseria humana prosperar
Perdidos em seus desejos e devaneios
Entregues a compulsão de seus anseios
Existirá um sentido em toda existencia humana?
Uma raça que de si mesma rouba e engana.
Se somos imagem e semelhança da divina bondade
Como podemos ser esse emaranhado de maldade?
Se o criador fez tudo bom fez tudo harmonioso
Como estamos aqui o ser mais sombrio e ardiloso?
Se somos semelhança de algo, esse algo não é imaculado
Somos a encarnação do vazio da perdição e do pecado
Somos todos viajantes sem destino...
E estamos todos perdidos...
Tiago A.B Izidoro