Pequena louvação à minha paineira


 
       
Talvez me conheças mais do que eu a ti, de tanto que me olhas, aqui, sempre do lado de dentro desta janela. Quanto me tens olhado  e como, no decorrer das tuas  quatro estações, ao longo dos anos, daí da tua e nossa mesma pracinha de sempre.
         
         Eu, do  lado de dentro sempre, olho tuas primeiras flores, neste início de março e me comovo... Eu sempre me comovo. Em abril estarás como na foto, inteirinha como estás no foto. Assim  estarás,  sempre diante do Sol, diante da Lua, diante das estrelas...
         Eu te olho e te amo. És toda a natureza de que disponho. Ave, amada! Ave! Que a vida te preserve, sempre... sempre! Que assim seja!