LUZ DA MANHÃ
Num instante pura lucidez
Ela entrou por entre as vidraças
E devagar quase parando calma
Deitou sobre seu corpo quase nu.
Criando uma cobertura de se mesma
Ela tomou a forma de uma foto
Como de águas claras paradas.
Aquela manhã ficou ímpar era única
Havia uma certa mágica dentro do quarto.
Tornara-se tão rara aquela manhã
Quanto um encontro de dez estrelas
Parei ,sentei na cadeira ao lado da porta
Ali contemplando-te, observando-te amava-te
Eu era o feliz, e tudo era de fato real
Os meus olhos confessavam surpresos; sim
De fato era eu o mais feliz dentre os homens
A cama meia desarrumada, Segredos de amor
Os verbos, os verbos que desarrumaram o lençol
Por hora eu cria e por hora estupendado eu sorria
Havia uma abissal sensação de te querer
Enquanto que o peito doía numa parcimônia
Anacrônica doce e sem qualquer sentido.
Você estava em ressonância com a poesia
Que comigo ria nessa nova alegria
Você resmungou suavemente e lá fora
Um pardal cantou contente, e ela te cobria
Sua pele nua refletia toda ela
Então você acordou me viu e sorriu
Chamou-me respondi que estava indo
Mas ainda eu feliz pensava ela é linda
Até mesmo dormindo é tão linda,
Tão linda sob a luz da manhã.