LUZ DA MANHÃ

Num instante pura lucidez

Ela entrou por entre as vidraças

E devagar quase parando calma

Deitou sobre seu corpo quase nu.

Criando uma cobertura de se mesma

Ela tomou a forma de uma foto

Como de águas claras paradas.

Aquela manhã ficou ímpar era única

Havia uma certa mágica dentro do quarto.

Tornara-se tão rara aquela manhã

Quanto um encontro de dez estrelas

Parei ,sentei na cadeira ao lado da porta

Ali contemplando-te, observando-te amava-te

Eu era o feliz, e tudo era de fato real

Os meus olhos confessavam surpresos; sim

De fato era eu o mais feliz dentre os homens

A cama meia desarrumada, Segredos de amor

Os verbos, os verbos que desarrumaram o lençol

Por hora eu cria e por hora estupendado eu sorria

Havia uma abissal sensação de te querer

Enquanto que o peito doía numa parcimônia

Anacrônica doce e sem qualquer sentido.

Você estava em ressonância com a poesia

Que comigo ria nessa nova alegria

Você resmungou suavemente e lá fora

Um pardal cantou contente, e ela te cobria

Sua pele nua refletia toda ela

Então você acordou me viu e sorriu

Chamou-me respondi que estava indo

Mas ainda eu feliz pensava ela é linda

Até mesmo dormindo é tão linda,

Tão linda sob a luz da manhã.

Hugo Deff
Enviado por Hugo Deff em 01/03/2017
Código do texto: T5927851
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