Engenho da Vida
Só quando o engenho da vida ruge suas rodas e a vida avança em nossa existência torneando-nos com o peso do não acontecido, das (in)descobertas e do envelhecer precoce e definitivo dos sonhos... Só quando as nuances de nossas tinturas de vida são para sempre alternadas e alteradas diante do específico e das peculiaridades das emoções e vivências do tempo... Só quando rolam as águas na cachoeira dos olhos, o sol se põe no horizonte dos pés e a lua tímida debrua seu pranto dourado em busca eterna de luz... é que encontraremos o purificar, o amadurecimento da alma... desta... que agora, só, (in)recíproca de consolo, a si mesma se cala, a si mesma se fala, se escuta, a si mesma se acolhe, conforta e abraça...