Caçador de mim
Inspirado na canção de Milton Nascimento
Uma reflexão sobre o que é o homem
Por Gabriella Gilmore
Nascemos predestinados para exercer um papel na vida ou escolhemos o que queremos realizar?
Talvez tenhamos dois tipos de respostas: uma criacionista e outra evolucionista.
Se eu fui criada por um Deus eterno, arquiteto de tudo e todos, imagino que nascemos com uma missão. Afinal, toda missão requer um propósito. Se você nasce de um acaso, talvez a sua vida não fizesse sentido.
O que dói na gente, no viver, é quando lutamos contra os desígnios do Pai. É cansativo, é revoltante. Somos nós fazendo o papel de eternas crianças teimosas.
Mas e ai? Isso significa que o homem nunca será capaz de escolher o que quer ser quando crescer? Oras, claro que pode! Porém, é muito comum a gente se atrair pelos caminhos na contra mão. E quando um carro desgovernado cruza em nossa estrada, o choque geralmente é desastroso. Somos nós, recebendo uma repreensão. Repreensão de quem?
O ser humano nasce com talentos. Com potencial que o Criador nos deu. E se a gente ignora isso por alguma razão, estamos de novo andando na contra mão. E está ai, a tal vida dolorida!
Adoramos caçar as coisas do outro. A si mesmo que é bom, nada!
Se eu vim do macaco, que vida mais sem sentido! Nascer e morrer. Para quê?
Posso escolher então não existir?
E recitando as palavras poéticas de Milton: “Longe se vai, sonhando demais. Mas aonde se chega assim? Vou descobrir o que me faz sentir! Eu, caçador de mim”...
Sabe aquele vazio existencial? Aquela dor na alma?
Só é capaz de preencher esse vazio aquele que projetou essa obra prima.
E de que é feito a sua alma?
Concordando com Preto no Branco, “ninguém explica Deus”.
Então, quem explica o que é o homem?
O crente ou o ateu? Talvez “pessoa” nenhuma.