O Bastante.
Já tomou cerveja com diabo verde e não morreu.
Chás diversos, rezas brancas, bravas, negras, sobreviveu.
Bebeu tantas cervejas que desistiram de fabricá-las.
Fechou o punho quando a morte o mordeu.
Venceu a si, a dor, ao amor, ao tédio e o nojo.
Bebeu água de esgoto e espantou ratazanas no verão.
De tanta desilusão, seguiu adiante feito cão sem dono.
Vagou a esmo através dos despenhadeiros da discórdia.
Respirou fundo quando a loucura o acossou.
Assoviou sozinho na madrugada em becos escusos.
Participou da granfinagem e da desforra dos desprovidos.
Tapou os ouvidos diante ruídos.
Chorou à seco e sem um gemido.
Sabe um pouco de tudo e quase nada do Todo...
De iodo, Merthiolate e pontos perdeu as contas.
Comunista, capitalista, anarquista e nietzschiano, tomou banho frio na fonte da Sé esperança.
De tudo, valeu o mínimo da máxima socrática: nada sabe, desconfia.