Só eu, mais ninguém
Agora eu não sabia mais
Se era uma realidade dentro de um sonho
Ou se era um sonho que se tornou realidade.
Lembro-me, na mais fresca
Na mais recente memória,
Que eu e ela, nós dois
Andávamos pelos campos.
Constantemente ela reclamava.
Não gostava do cheiro das flores,
Não gostava dos pingos de chuva.
Pensei que não tinha nada a perder.
Os livros, as folhas em branco,
As estórias... Que diabos!
Eu sabia que tinha que parar.
O sorriso e o choro
Ocupavam o mesmo lugar,
Uma vez Deus e o demônio
Ocuparam o mesmo céu.
...Cale a boca, pare com esse
Conto de fadas!
Droga!
Agora eu sei que ela é a origem,
A origem das minhas emoções,
Origem das minhas visitas ao inferno,
Das minhas belas noites de vento frio,
Mas o meu demônio interior
Não se contentava com as
Migalhas de pão.
Tinha algo errado, maldição!
Antes mesmo de dizer não,
Soltei sua mão.
E não chorei quando perdi a luz da lua...
Meu querido Satan,
Me entenda!
Eu nunca irei chorar com o sonho
Que um dia pensei se realizar.
Meu querido Satan,
Você não acha que sabe,
Mas eu sei.