Só eu, mais ninguém

Agora eu não sabia mais

Se era uma realidade dentro de um sonho

Ou se era um sonho que se tornou realidade.

Lembro-me, na mais fresca

Na mais recente memória,

Que eu e ela, nós dois

Andávamos pelos campos.

Constantemente ela reclamava.

Não gostava do cheiro das flores,

Não gostava dos pingos de chuva.

Pensei que não tinha nada a perder.

Os livros, as folhas em branco,

As estórias... Que diabos!

Eu sabia que tinha que parar.

O sorriso e o choro

Ocupavam o mesmo lugar,

Uma vez Deus e o demônio

Ocuparam o mesmo céu.

...Cale a boca, pare com esse

Conto de fadas!

Droga!

Agora eu sei que ela é a origem,

A origem das minhas emoções,

Origem das minhas visitas ao inferno,

Das minhas belas noites de vento frio,

Mas o meu demônio interior

Não se contentava com as

Migalhas de pão.

Tinha algo errado, maldição!

Antes mesmo de dizer não,

Soltei sua mão.

E não chorei quando perdi a luz da lua...

Meu querido Satan,

Me entenda!

Eu nunca irei chorar com o sonho

Que um dia pensei se realizar.

Meu querido Satan,

Você não acha que sabe,

Mas eu sei.

Tahutihator Frigus
Enviado por Tahutihator Frigus em 14/02/2017
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