Capazes e capatazes
As vezes, quase que sempre, temos que nos amar.
Que seja um amor incondicional, solidário para com tudo de nós.
Que seja da cabeça aos pés, alma e corpo.
As vezes, quando chove, temos que nos deixar regar,
pela maneira como nos deixamos plantar a felicidade.
E que persista o que de bom há em nós,
porque somos o que queremos, o que pensamos, o que ousamos.
As vezes, nos dá medo, mas temos que correr os riscos,
que lá no fundo do nosso silêncio, grita incessantemente:
"Vai você consegue".
Devemos antes de tudo e qualquer coisa,
nos deixar amar e fazer de nós, amor,
no simples bailar de nossa emoção,
na cadência mais acertada de nossas sensações,
quando nos impulsionam a ir a frente e vencer,
porque da audácia, vem as conquistas,
das conquistas boas, vem a realização do ser;
das ruins, que venha apenas a vontade de ignorá-las,
mas que saibamos sempre, que pelo menos tentamos acertar.
As vezes, quase que sempre,
muito melhor deixar-se ser, o que já somos e não sabemos;
o que não ousamos, mas cremos,
quando as vezes nos deparamos com as dificuldades da vida.
Somos capazes e capatazes para arrebatar qualquer tristeza.