FAROESTE URBANO
Medo, pânico, vertigem, obsessão
Fobia social
Suor frio em tempo quente
Céu nublado
Asfalto quente
Mancha de sangue fresco derramado
Pega, corre, pega, pega
Olha o rapa Rapa!
Pega, solta o ladrão
O pivete morreu
Na contra-mão atrapalhando o tráfego
Do pacato cidadão
Quem é o cidadão de bem?
Guarda, guarda, esconde o celular
Podem roubar suas músicas
Suas histórias, sua identidade
Leve o trocado para o ladrão
Esqueça a corrupta polícia
Corpos desprotegidos
Medo da polícia e do ladrão
Mãos ao alto cu apertado
E agora, quem poderá nos defender?
O Fantasma, o Coveiro, o Poeta
Almas nuas fragilizadas
Multidões urbanas solitárias
Ao sair reze para voltar
Se distraia com as paisagens
"Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça..."
Mas cuidado com a namorada dela
Respire fundo leia algumas poesias
De um Poeta Carioca
Oh cidade maravilhosa.