Em 1994 a UFBA ofertou um vestibular que durou cinco dias.
Prazerosamente tentei poder cursar Letras ao lado de minha mãe.
Mainha optou por História, porém costumava comentar que me trazer ânimo e incentivo era o objetivo principal.
A felicidade seria completa caso passasse, mas conferir meu êxito, suas palavras abnegadas ressaltavam, já a deixaria bastante satisfeita.
Recordo que opções discretas compunham o importante café da manhã, sempre havia um iogurte o qual os supermercados atuais ignoram.
Chegávamos bem cedinho, nada de correr riscos, parecia prudente ficar aguardando e papeando serenos.
No momento exato cada um seguia rumo à sala específica, num ponto combinado ocorria o reencontro e novos diálogos distraindo a volta.
Dessa forma a excelente maratona seletiva avançou gostosa.
O resultado não premiou mainha, porém sua enorme euforia prevaleceu demais observando o filho adentrando as portas do ensino superior.
Gentil ela afirmava que cumpriu a nobre tarefa.
* Certa vez, numa das ótimas conversas que tanto provamos, escutei a mais linda e emocionante narração.
Crescemos visitando São Roque do Paraguaçu, terra natal que abraçou meus pais, habitual destino das viagens objetivando relaxar e aproveitar as agradáveis folgas.
Esclareceu mainha que, nos primeiros meses após os cinco partos, levou cada criança até a sedutora praia do local e, levantando o bebê, fez um pedido muito especial.
Lá eu também fui carregado e testemunhei uma bela prece.
_ Deus, abençoa essa criança! Que seus passos encontrem o amparo do Alto e harmonia constante. Seja muito estudioso, Ilmar, jamais esgote a vontade de aprender, Quero vê-lo segurando um canudo numa festa que certamente me fará a mãe mais feliz da Terra.
* Percebo o quanto a dedicação maternal alcança lances fascinantes, repletos de insuperável amor, pois aquele pedido desprendido os Céus receberam, Deus anotou e, um dia, quis devolver.
Preferiu a dona da meiga oração ser uma elegante vestibulanda, trocou as alegrias inerentes à experiência estudantil, soube guardar os louros que suscitariam o justo diploma porque decidiu vê-lo nas nossas mãos. Compensando o grande entusiasmo bastaria conferir o sucesso beijando um dos filhos.
* Chorei refletindo sobre a afetuosa escolha.
Sem dúvida a cativante professora Anita merece diversas recompensas. As trilhas superadas, quando comemoramos a formatura, davam forma a uma concretização que nasceu no maravilhoso mar de São Roque.
Revivendo a meiga solicitação senti a água da praia molhando o corpo, consegui ouvir as doces e ternas frases.
Nesse suave mergulho meus ouvidos captaram a resposta divina:
_ Amém, querida filha, mãe e mulher!
Um abraço!
Prazerosamente tentei poder cursar Letras ao lado de minha mãe.
Mainha optou por História, porém costumava comentar que me trazer ânimo e incentivo era o objetivo principal.
A felicidade seria completa caso passasse, mas conferir meu êxito, suas palavras abnegadas ressaltavam, já a deixaria bastante satisfeita.
Recordo que opções discretas compunham o importante café da manhã, sempre havia um iogurte o qual os supermercados atuais ignoram.
Chegávamos bem cedinho, nada de correr riscos, parecia prudente ficar aguardando e papeando serenos.
No momento exato cada um seguia rumo à sala específica, num ponto combinado ocorria o reencontro e novos diálogos distraindo a volta.
Dessa forma a excelente maratona seletiva avançou gostosa.
O resultado não premiou mainha, porém sua enorme euforia prevaleceu demais observando o filho adentrando as portas do ensino superior.
Gentil ela afirmava que cumpriu a nobre tarefa.
* Certa vez, numa das ótimas conversas que tanto provamos, escutei a mais linda e emocionante narração.
Crescemos visitando São Roque do Paraguaçu, terra natal que abraçou meus pais, habitual destino das viagens objetivando relaxar e aproveitar as agradáveis folgas.
Esclareceu mainha que, nos primeiros meses após os cinco partos, levou cada criança até a sedutora praia do local e, levantando o bebê, fez um pedido muito especial.
Lá eu também fui carregado e testemunhei uma bela prece.
_ Deus, abençoa essa criança! Que seus passos encontrem o amparo do Alto e harmonia constante. Seja muito estudioso, Ilmar, jamais esgote a vontade de aprender, Quero vê-lo segurando um canudo numa festa que certamente me fará a mãe mais feliz da Terra.
* Percebo o quanto a dedicação maternal alcança lances fascinantes, repletos de insuperável amor, pois aquele pedido desprendido os Céus receberam, Deus anotou e, um dia, quis devolver.
Preferiu a dona da meiga oração ser uma elegante vestibulanda, trocou as alegrias inerentes à experiência estudantil, soube guardar os louros que suscitariam o justo diploma porque decidiu vê-lo nas nossas mãos. Compensando o grande entusiasmo bastaria conferir o sucesso beijando um dos filhos.
* Chorei refletindo sobre a afetuosa escolha.
Sem dúvida a cativante professora Anita merece diversas recompensas. As trilhas superadas, quando comemoramos a formatura, davam forma a uma concretização que nasceu no maravilhoso mar de São Roque.
Revivendo a meiga solicitação senti a água da praia molhando o corpo, consegui ouvir as doces e ternas frases.
Nesse suave mergulho meus ouvidos captaram a resposta divina:
_ Amém, querida filha, mãe e mulher!
Um abraço!