Poeta é um mentiroso sincero
Eu sou um mentiroso das emoções, tudo que escrevo está em sentidos misturados em mentiras e fantasias, verdades e inocência, mas também não passam de ilusão. Mas engano-me, engano mesmo, e acredito em tudo que escrevo. Por que sinto. Mas a forma como descrevo para mim não condiz. A palavra limita. Tento falar do momento, dos instantes rápidos que vivemos, do mínimo das coisas, eu tento, pois sei que tudo isso também são ilusões.
Ó, Quem dera eu pudesse descrever o que é ser ser humano por um instante!
O que é ser isto que se forem retirando camada por camada, acabaria em "nada". Esse nada que me é tudo. Por isso, me deixei iludir, e me desfragmentar em palavras, saber senti-las, entregar-se ao sentimento da poesia mesmo. Não é o poeta mentiroso e iludido? O único, porém, que vê onde ninguém viu, Por fora um corpo, por dentro muitos mundos...