E como estou em silêncio, em pensamento silencioso posso falar qualquer coisa enquanto você dirige e não lhe atrapalho. Olho para o lado esquerdo e vejo você em perfil e os seus cabelos ligeiramente em movimento querendo esconder você de mim, mal sabendo eles que a imagem mental que construí lá no “Orizzonte” deixa você em mim sempre cristalina. Lá, peguei seu rosto e o enquadrei entre minhas mãos, olhei fixamente e a fotografei com meus olhos deixando-a em mim marcada de frente. Carinhosamente virei seu rosto para sua direita e com minha direita mão afastei todo cabelo para ver por inteiro, descoberto, o seu perfil, e gravado para sempre.
E aqui neste olhar canhoto dentro do carro você dirigindo, zombando deles, cabelos, digo para eles que, sem mesmo pegar neles, sou capaz de deles fazer o que quiser, pois numa manhã orizzontina, deles, na cama, fiz um cortinado negritude a cobrir por completo o lado direito do rosto deste meu amor, eliminando toda a luz que invadia o quarto trazendo o calor do dia que nascia. E para que eles soubessem e se lembrassem, falo dos enroscos que deles eu fazia quando com meus dedos eu ia ao seu pescoço e nele mexia em carícias, penetrando e invadindo toda a floresta negra, por toda extensão da cabeça a deixar até as minhas unhas a se deliciarem tocando a pele que eles, por missão, a escondem, mas que para meu tato continua intacto e visível. E continuando a brincar com os seus cabelos que insistem em de mim lhe esconder, vejo você a balançar a cabeça, num delicado movimento para levar todos eles para trás, como a aliar-se a mim, deixando-se em perfil nua só para mim, aprisionando-os por trás do seu pescoço. E eu, mesmo sabendo que seu gesto se fazia para tirá-los dos seus olhos por atrapalhar seu dirigir, me deliciava a sorrir para eles a dizer que ficassem aí, prisioneiros de pescoço, pois o seu perfil, ali, era só meu, para meus olhos encantar.
Retirei por um só segundo o meu olhar do seu rosto e olhei para seus cabelos com desejo de continuar em brinquedo e isto foi o meu erro. Vi, quando os olhei, que os encantos deles também em mim se encontram. Lembrei-me que eles também são orizzontinos para mim, que naqueles momentos dos meus cafunés em você eram eles que acariciavam a pele das minhas mãos, eram eles que tocavam o meu rosto quando nossos lábios se encontravam, que nos meus braços tocavam quando eu a abraçava por sobre os seus ombros. E para dizer aos seus cabelos que tudo era brincadeira, desculpando-me lhes digo que como o perfil e tudo o mais em você eles são parte sua e, por inteira, corpo e alma seus residem em meu desejo. Assim, cabelos, balancem, esvoacem, embaracem, só não deixem de embelezar este rosto lindo desta minha, neste instante só minha, bela entre as mais belas, motorista que agora estaciona e me acorda deste sonho.
E aqui neste olhar canhoto dentro do carro você dirigindo, zombando deles, cabelos, digo para eles que, sem mesmo pegar neles, sou capaz de deles fazer o que quiser, pois numa manhã orizzontina, deles, na cama, fiz um cortinado negritude a cobrir por completo o lado direito do rosto deste meu amor, eliminando toda a luz que invadia o quarto trazendo o calor do dia que nascia. E para que eles soubessem e se lembrassem, falo dos enroscos que deles eu fazia quando com meus dedos eu ia ao seu pescoço e nele mexia em carícias, penetrando e invadindo toda a floresta negra, por toda extensão da cabeça a deixar até as minhas unhas a se deliciarem tocando a pele que eles, por missão, a escondem, mas que para meu tato continua intacto e visível. E continuando a brincar com os seus cabelos que insistem em de mim lhe esconder, vejo você a balançar a cabeça, num delicado movimento para levar todos eles para trás, como a aliar-se a mim, deixando-se em perfil nua só para mim, aprisionando-os por trás do seu pescoço. E eu, mesmo sabendo que seu gesto se fazia para tirá-los dos seus olhos por atrapalhar seu dirigir, me deliciava a sorrir para eles a dizer que ficassem aí, prisioneiros de pescoço, pois o seu perfil, ali, era só meu, para meus olhos encantar.
Retirei por um só segundo o meu olhar do seu rosto e olhei para seus cabelos com desejo de continuar em brinquedo e isto foi o meu erro. Vi, quando os olhei, que os encantos deles também em mim se encontram. Lembrei-me que eles também são orizzontinos para mim, que naqueles momentos dos meus cafunés em você eram eles que acariciavam a pele das minhas mãos, eram eles que tocavam o meu rosto quando nossos lábios se encontravam, que nos meus braços tocavam quando eu a abraçava por sobre os seus ombros. E para dizer aos seus cabelos que tudo era brincadeira, desculpando-me lhes digo que como o perfil e tudo o mais em você eles são parte sua e, por inteira, corpo e alma seus residem em meu desejo. Assim, cabelos, balancem, esvoacem, embaracem, só não deixem de embelezar este rosto lindo desta minha, neste instante só minha, bela entre as mais belas, motorista que agora estaciona e me acorda deste sonho.