REALIDADE I
(Pr/Poét/26)


     Há um tempo em que a realidade da vida se posiciona e dela, permanece o que realmente é: A pura realidade. Sem consenso. Para quê opinião, se a história se repete? - O cotidiano segue e as linhas da vida que pouco diferem das anteriores, ultrapassadas. Como caracóis, cada um leva apenas o seu fardo que pesado ou não, que seguem para lugar nenhum, apenas seguem. Fogem do predador, se encolhem mas nunca desistem e persistem pelo mesmo caminho sem rastro. Nega-se a reflexão ao passado e o que domina é o tempo presente e condições estruturais  das mentes, que tudo podem e realizam.  Não há consenso. Desliza a vida sobre um imenso limo verde que não delimita caminhos tampouco, guias. Também não há retrocesso porque, agora é só seguir e aportar. Metas? - Necessárias sim, porém de baixa resistência. Coerência em quais sentidos? - Julga o Rei posto em local indefenido sem adjacências e paralelas para se basear. Canta no largo as canções do exílio sem brilho, chorosas e coniventes de mundos abstratos, sem alguma pretensão de retornar e recomeçar.       
      
edidanesi
Enviado por edidanesi em 30/01/2017
Reeditado em 30/01/2017
Código do texto: T5897355
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