RESIGNAÇÃO
FOTOS DO AUTOR
Num lugar ermo e distante
Muito além dos verdes montes
Ausentaram-se horizontes...
Cigarras chiam mais tristes
E a ponte já ruiu...
Águas rolando mansas
No travo das incertezas
Viajantes da correnteza
Com destino ao ribeirão...
Na curva que dobra o braço
Da estrada em seu cansaço
Pinheiros em profusão!...
O canto da gralha azul
Tilinta pelo caminho...
Um vento chora baixinho
Doído de solidão
Porteira abandonada
Aberta,despencada
Por ela passa ninguém
A trilha cheia de mato
Não leva à lugar algum
Adiante,só um casebre
Perdido na imensidão.
Janela tôsca de tábua
Espia dois pés de couve,
Uma cabra um cachorro magro,
E a vista que dá pro morro.
A porta escancarada
Arrasta passos cansados
Olhar neblinando o tempo
Bengala ferindo o chão
[Surge a velhinha!]
Esbanja o melhor sorriso
Um terno aperto de mão
Entre um mate e um palheiro
No "causo" que vem contado:
[Lembranças do seu passado]
Tremula a mão esguia
Esfarela o bolo em fatia
A brisa recolhe os ecos
Da boca que balbucia
[Toma!...É pra adoçar sua vida]
E quando,então,questionada
De suposta solidão
Imprime em serenidade
Confiança no que diz:
-"Ainda que tão distante,ausente dos filhos meus
Aqui adormeço e levanto
Nos braços do meu bom Deus"
Joel Gomes Teixeira
FOTOS DO AUTOR
Num lugar ermo e distante
Muito além dos verdes montes
Ausentaram-se horizontes...
Cigarras chiam mais tristes
E a ponte já ruiu...
Águas rolando mansas
No travo das incertezas
Viajantes da correnteza
Com destino ao ribeirão...
Na curva que dobra o braço
Da estrada em seu cansaço
Pinheiros em profusão!...
O canto da gralha azul
Tilinta pelo caminho...
Um vento chora baixinho
Doído de solidão
Porteira abandonada
Aberta,despencada
Por ela passa ninguém
A trilha cheia de mato
Não leva à lugar algum
Adiante,só um casebre
Perdido na imensidão.
Janela tôsca de tábua
Espia dois pés de couve,
Uma cabra um cachorro magro,
E a vista que dá pro morro.
A porta escancarada
Arrasta passos cansados
Olhar neblinando o tempo
Bengala ferindo o chão
[Surge a velhinha!]
Esbanja o melhor sorriso
Um terno aperto de mão
Entre um mate e um palheiro
No "causo" que vem contado:
[Lembranças do seu passado]
Tremula a mão esguia
Esfarela o bolo em fatia
A brisa recolhe os ecos
Da boca que balbucia
[Toma!...É pra adoçar sua vida]
E quando,então,questionada
De suposta solidão
Imprime em serenidade
Confiança no que diz:
-"Ainda que tão distante,ausente dos filhos meus
Aqui adormeço e levanto
Nos braços do meu bom Deus"
Joel Gomes Teixeira