Terceiro olho (parte I)
Há sempre os lúcidos, os lúcidos plenos da loucura que instiga à vida. Aquela que indica caminhos desconhecidos, cheios de possibilidades e, por isso, onde não se possa prever coisa alguma.
A lucidez em concordância com a loucura, aquela loucura das risadas altas, dos abraços apertados, das viagens não programadas, das experiências inovadoras, revigora, encoraja e expõe.
Sim, expõe. Expõe as cicatrizes das feridas que foram abertas, os sentimentos aflorados, as lágrimas, a dor, o encontro com o autoconhecimento.
Assim, nos vales e montanhas dos sentidos, os lúcidos enlouquecidos abrem o terceiro olho dentro de si mesmos.