Desajeito

Ajustar mais o que? Nunca na história dessa pessoa o timbre de voz saiu tão tremido. E o modo de levar o dedo mindinho à cabeça entao! Que desajeito! Até o jeito de coçar a ponta do nariz leva ao riso aquele que vê. Busca o prumo e logo vai no sintoma notório do apaixonado convicto. Nem reza "braba" aliviará o lado dele.

Senta no banco, olha para direita e esquerda, e escancarado está o juízo, fora da casca, desorientadinho!...entra no carro e não liga a chave, passa no sinal vermelho e coisa e tal, frita ovo em água, coa café na própria zorba..

E diz que está tudo bem!

Deixou até mesmo passar para outro dia a ida ao médico para tratar do "Istamo".

Tudo porque lá no fundinho do coração exala o que não conhecia, o aroma sem cheiro, satisfação de viver quando no olho da moça encontra o seu. Tudo ferve.

Felicidade é pouca, se danura boa explica um pouco a parada é nisso que deixa o carimbo.

Fica a outra, toda na formalidade; bom dia, boa tarde, obrigada e por favor. Na topada do olho no olho da uma de "não estou nem aí! ". Tira a sua da fita e vai ver se passarinho voa no céu. Por dentro? Hummm!Tudo estrelado, com lua cheia e companhia.

Sairam da linha, ficou para trás a compostura, que carregaram tanto, antes de se tornarem apaixonados. Ficarão neste estica-estica, no preparo para cola, até que o pão e a salsisha encontre conforto. Esvaziando.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 21/01/2017
Reeditado em 21/01/2017
Código do texto: T5888710
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