Ver!!!
Ver!!
Desceu de onde estava, voltou para o nu. Impunham condições; o tempo, o relógio e as obrigações. Essa vida sem alternância, que pede o fazer sem reclamar.
Sorri mais quem adota lente diminuta, e com ela seleciona o mais próximo, comendo pacificamente o pão que labuta.
O cabresto que faz uso, foi o próprio usuário que comprou, que se faz de gado para não tornar pior as coisas, para si e para o outro. Não o tira do rosto para não perder a reta, a meta, da manutenção da lucidez em meio a tantos desconfortos, poupando a saída antecipada do “Eu Sou” diamantino.
Este tempo onde a juventude não consegue ser e a velhice nada pode fazer para a questão do sentido para o viver. Triste saber que tudo isso leva ao desperdício das forças superiores de luz, que estão todas aqui, imanentes à natureza para servir. Latentes permanecem. Poucos fazem uso.
O passarinho não é ouvido como antes. A natureza e suas peripécias encantadoras tornou tela de um aparelho qualquer, sendo suficiente o navegar por ele para o bastar da satisfação e bem estar, que não tem nada a ver com o sentido que dão quando assistem para “satisfação” e “bem estar”.
Andar, coçar a ponta do nariz ou qualquer outro orifício do corpo, pentear o próprio cabelo, se alimentar, limpar as próprias partes ao evacuar, movimentar no jardim da casa e no banheiro quando se lava...mesmo que para fazer o serviço cruel, imposto, injusto...É o mesmo que nada. Multidões nasceram reis e rainhas, como disse um dos mestres do rio Ganges, permanecem miseráveis... análogas às vítimas de guerra dos continentes do mundo, abalados pelo confronto de ideias e culturas.
O elogiar e ser elogiado, enaltecer o humano no outro, o “eu te amo e te admiro” desaparece, covardia dos personagens do agora. A não ser alguns, que tentam, até que tentam... compartilham os passos até um mesmo lugar para realização da devoção e entrega.
Porque continua difícil enxergar o óbvio!!??Ver...simplesmente ver.