Falta 

 

Li que é uma ilusão, viajar o infinito de um lado para o outro
tentando me acostumar com a falta que você me faz,
que o infinito é um sonho que não podemos alcançar,
que não adianta querer,
não adianta escrever, ser louca! Mas eu não consigo.
Não é o bastante para me convencer,
O que posso fazer, se eu vivo
desde que lhe encontrei, à buscar o seu amor,
e assim será enquanto eu viver!
Os pensamentos lúcidos me procuram e deles eu quero fugir,
abro as janelas, rasgo as cortinas, não preciso de escadas
para subir ou descer, voo, derramo daqui das alturas
onde a minha vida acontece, onde os meus desejos se calam;
quero ter você em meus braços.
Ah! Busco alento pelo espaço,
para que assim a terra encantada pra nós dois, que sonho,
tenha compaixão de mim e num desses giros que ela dá,
ela me deixe bem onde você vive, já que você não vem...
Que eu vá, que eu vá.
Você é em mim, uma falta
que não tem nada nesse mundo que preencha,
a não ser você mesmo. Eu amo você.
Como você me faz falta!
As estrelas esbarram em mim, ofuscam os meus olhos,
mas não a minha memória.
E a lua vem brilhando, me pergunta sobre o meu juízo, onde está?
Indaga sobre a minha idade, e o amor tem idade?
Ela pergunta sobre a beleza da minha juventude que se foi,
e a minha alma não responde, não sabe o que é feio ou bonito,
ela só ama, revira o tempo, não tem sossego.
Dia e noite essa alma vive para lhe amar infinitamente.
Que mais doce ilusão existe do que amar você? Outra não há.
Um dia desses, o universo irá me presentear,
eu vou encontrar com você. É nisso que eu acredito.












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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/01/2017
Código do texto: T5886000
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