fragmentos -mergulho no vazio

Às vezes a lágrima rola grossa no silêncio da manhã quando as águas do rio...das chuvas...das lagoas...do mar enchem toda uma cidade arrastando casas e seus muros, telhados e seus animais. De repente tudo é cheia e devastação.

Alessandra Espinola

***

Minhas raízes são fincadas no silêncio e na solidão.

Meu terreno vadio onde a desova e desolação.

Minha cabeça de porco, meu córtex, meu cortiço enterrados vivos no abandono e no esquecimento.

Alesandra Espinola

***

Em sobrevoo de alma abissal mergulho no vazio e lá , neste lugar de nada e escuridão, trago no bico um ramo de florescente esperança.

Há de verdejar ainda que chova e também os lírios choram...ainda assim a ânsia agônica desbotada nas asas do pássaro se abrirá como que ferida de rasgo em seu voo -inábil- nos ares.

Alessandra Espínola

Alessandra Espínola
Enviado por Alessandra Espínola em 17/01/2017
Reeditado em 21/03/2017
Código do texto: T5884529
Classificação de conteúdo: seguro