A Presa
São do céu aos infernos os conceitos...
Enquanto nos homens, a presa ideal,
Vive a atuação predestinada “Imperiosa”
Condenando-os a sina de sua sobrevivência!
Os rostos e olhos rasos e cansados...
Títulos adquiridos e ostentados
Indicados à contribuição oportuna
Para atuação legítima de seu futuro ego
Irrompe como um suspiro mortal;
A representação de sua audácia
Apegada à matéria abundante e desigual
Na alma vendida, vazia e orgulhosa,
Delira a toda sorte de opulência.
Celebrando entre o ciclo inimigo,
O circo interesseiro da plateia fulminante
Sedenta de distrações e amizades!
E na aproximação reciproca das afeições
Olhos pesados e espelhos empoeirados
Cambaleiam nas sombras irreconhecíveis
Na mortalha que destila ocultos prantos...
Simultâneos - escravos arrastam pedras
Para a selva concreta do epicentro consumista,
Aprisionados no valor cultural de suas classes,
Cavaleiros sugam seus rebanhos de humanoides!
Selvagens, rebeldes, vândalos inertes; dizem eles...
Legisladores ocultos, sociedades malditas!
Tenho pesadelos terríveis e assombrados...
Guiados por uivos solitários num covil de lobos!
Outra noite! e a Esfera salta os abismos dos conformes!
No momento em que toda dimensão superior
Toda noção de Amor e de qualquer sentido de análise
O seu brilho exaspera! e da luz que venera... Escuridão!
E no violento despertar nos cantos calmo das manhãs...
A realidade insana reage à verdade embolorada
Florescendo em dias abafados e cinzentos – criaturas
Onde o “domínio” espalha fantasias dum paraíso
Para o infinito tumulto do esquecimento descarne.