Encontros
O que mais aprecio na vida são os encontros produzidos de gentes com outras gentes. De gentes com bichos, com árvores, com a terra, com o caramujo que rasteja lentamente em busca do nada, com a música e com a poesia. É no encontro com o outro que se produz existência, é na relação que se inventa a vida. De que adiantariam borboletas amarelas se não existissem gentes para conversar com elas? De nada resolveria as coisinhas mais miúdas do chão se não fossem os poetas para decifrá-las! Essas são todas insensatas certezas minhas, embora não tendo certeza de nada.