Bonitezas
A procurar a estranheza do viver, encontrei bonitezas perdidas por todos os lugares que vivi. Encontrei belezuras poéticas em tudo: em borboletas, em poças, em pedregulhos, em gentes, em bichos, em esquinas. Encontrei o mais miúdo amor, o mais fino, o mais explosivo. E nunca saí a catar feitorias. Sempre fugi para acalentar meus desejos. Mas as bonitezas são assim: elas vão nos acontecendo perdidamente até nos arder. É aí que podemos morrer.