FULGUROSO LUAR

quando a lua é cheia,

enche de luz o meu interior,

e a poesia que flui de mim,

reflete a noite iluminada.

quem quer amar, passeia sob

o luar, à cata de algum amor,

e quando o encontra, faz na noite

enluarada, a cópula enamorada.

eu amo quem me ama em sonho

flutuando na superfície lunar,

e o lençol de algodão

que nos envolve, recebe salpicos

de faíscas estreladas.

Só a poesia para oferecer

esse amar luminoso de lua tão

suficiente para nos encantar.

ó lua, lua, lua, és uma

das maravilhas astrais sacralizadas!

meu olhar poético, lua cheia,

te contempla embevecido.

e não conto as vezes que ti vi

luminosa no silêncio da mata escura.

quando era criança, minha saudosa

mãe me dizia: " olha, meu filho,

o que você vê na lua cheia,

é São Jorge montado no cavalo

com a lança, matando

a grande serpente peçonhenta. "

e até hoje, quando a contemplo

tão cheia, por ilusão de ótica,

imagino que seja mesmo

a imagem do santo guerreiro

em eterna aventura. Gostoso mesmo

é namorar, em certas noites,

tendo a lua cheia como cúmplice

de nossas ações sentimentais.

e o meu olhar poético não perde

tempo, amando e se inspirando

no encanto astral do fulguroso luar.

Escritor Adilson Fontoura

e-mail: aafontoura@hotmail.com.br

Adilson Fontoura
Enviado por Adilson Fontoura em 08/01/2017
Reeditado em 08/01/2017
Código do texto: T5875738
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