FULGUROSO LUAR
quando a lua é cheia,
enche de luz o meu interior,
e a poesia que flui de mim,
reflete a noite iluminada.
quem quer amar, passeia sob
o luar, à cata de algum amor,
e quando o encontra, faz na noite
enluarada, a cópula enamorada.
eu amo quem me ama em sonho
flutuando na superfície lunar,
e o lençol de algodão
que nos envolve, recebe salpicos
de faíscas estreladas.
Só a poesia para oferecer
esse amar luminoso de lua tão
suficiente para nos encantar.
ó lua, lua, lua, és uma
das maravilhas astrais sacralizadas!
meu olhar poético, lua cheia,
te contempla embevecido.
e não conto as vezes que ti vi
luminosa no silêncio da mata escura.
quando era criança, minha saudosa
mãe me dizia: " olha, meu filho,
o que você vê na lua cheia,
é São Jorge montado no cavalo
com a lança, matando
a grande serpente peçonhenta. "
e até hoje, quando a contemplo
tão cheia, por ilusão de ótica,
imagino que seja mesmo
a imagem do santo guerreiro
em eterna aventura. Gostoso mesmo
é namorar, em certas noites,
tendo a lua cheia como cúmplice
de nossas ações sentimentais.
e o meu olhar poético não perde
tempo, amando e se inspirando
no encanto astral do fulguroso luar.
Escritor Adilson Fontoura
e-mail: aafontoura@hotmail.com.br