No Ponto
No Ponto
Acaba o frenesi das águas quando dispersam, tomando cada qual canal de rio diferente, seguindo tendo que fazer os ajeitamentos por conta própria em um e outro para que o bom viver aconteça, na frequência que permita o funcionamento regular do momento, mesmo sem a pitada certa da alegria escancarada, felicidade que não exige esforço, nem aceitação.
Quando estão juntos, ouve-se até o timbre afinado das taças, ficam ligados pela imagem e o som do entorno, eles quem ditam a melodia. Interconectam-se sem resistência. Falam baixinho! Perscrutam um e outro pelos olhos, acarinhando em reciprocidade dentro. Do leão e da leoa, usam somente as patas para roçarem a pele em permuta docilmente.
Ficam à parte das discussões rotineiras, não acionam o botão das conexões de defesa por puro capricho, são artistas que se fazem de quadro para em reciprocidade pintarem a arte num entrelaçamento de cores e vontades.
Depois? Qual? Não darão ao trabalho de ao menos olharem o resultado, queriam era a execução.Vontade e prazer enquanto meio e fim, satisfação que no “inter” das ações compartilhadas revelaram a singularidade do instante, que vive a partir dos dois, desaparecendo quando separam de corpos. Felicidade como busca certa e satisfação garantida. Levando os espíritos terem saudade, e daí o retorno.