Vento Oeste!
Gritava seus lamentos aos quatro ventos, acreditando que todos os ventos seriam iguais, mas cada vento por mais parecido que fossem, não lhe ouviam da mesma maneira, alguns eram frios e até violentos, sem paciência, sem empatia, nada faziam, pois para eles, eram apenas palavras, eram apenas lamúrias.
Outros ventos criavam tempestades, destruindo corações e afogando no mar do egoísmo toda a sua tristeza, representada em discursos frustrados de falsa felicidade, sentimentos vazios, de um otimismo quase surreal.
Poucos eram os ventos suaves e agradáveis, daqueles que afagam a face, que acariciam a alma e refrescam um corpo sedento de compaixão, de respeito e amor, que no frio aquecem o coração, sabendo e entendendo que cada um vivencia suas dores de maneiras distintas e completamente diferentes, não julgam, não subestimam sentimentos e não inflam o ego por estarem; muitas vezes; melhores que os lamentadores.
E ao mesmo tempo, sabem a hora de formarem nuvens e fazer chover luz onde; naquele instante; só existe trevas.
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