Chega berrando a boiada. Parece se lembrando das coisas de Campo Grande. A pastagem recuperada. Imensa. Brotada de novo.
Tunico Oliveira avançou meio quarto de légua. Precisava abrir cancela e bloquear o mata-burro.

— Como foi a  marcha até aqui? — disse o patrão olhando o gado se dispersando na manga.
— Perdemos um boi!
— Qual?
— Corisco. Saiu tirando fogo de pedra com os cascos. Ligeiro que nem um raio. Lau foi capaz. Quase. Lampião tá machucado.
— Amanhã pesaremos a boiada na cidade. Corisco depois vem no cabresto, salgar brasa de angico.

— E Lampião?
— Vou chamar o açougueiro.
***
Adalberto Lima - trecho de Estrada sem fim...
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