FILHAS DE JERUSALÉM...
Fala-se em justiça.
Mas aonde está a justiça
para defender uma voz que não mais fala
uma voz que foi amordaçada
pela crueldade e insensibilidade de pessoas tão insanas?
Como pode haver justiça
quando tudo é encarado como falso, inverdadeiro...
como “meras possibilidades”?
então pergunto a Deus, a mim, ao mundo:
____Onde está a “mera possibilidade” de viver?
Continuar vivo?
Desfrutar de uma dádiva que nos foi dada e que se usurpada não tem como reaver?
Onde está a justiça para defender quem não precisa mais de defesa
pois já lhe foi roubada a pérola sagrada,
e para acolher os que eternamente estarão de luto?
Justiça aonde estás, para enxugar as lágrimas dos que ficaram,
aplacar a dor dos angustiados,
quebrar os grilhões e
arrancar mordaças daqueles que viraram Anastacias
para que os “Senhores de Engenho”
permaneçam em liberdade?!
Oh Justiça!
Deixai de ser cega, arrancai tuas vendas e
fazei a balança funcionar novamente.
Olha teus filhos menos abastados, que já não levantam mais do chão,
pois o pé do “Capitão do Mato” já se torna um peso mortal.
Oh Deus!
Voltai a ser nosso refugio, nossa fortaleza,
nosso socorro na angústia,
ainda que as águas rujam e se perturbem,
nos ajude ao romper da manhã,
levantai tua voz,
fazei cessar as guerras,
quebrai o arco, cortai a lança,
levantai tua mão sobre nós e protegei-nos do mal,
não deixai teus filhos caídos morrerem em vão e
nem deixai os séculos dos séculos na mão de impuros,
libertai o Leão de Judá e
fazei a luz reinar em meio a escuridão para toda a eternidade.
AMÉM!!!