No Compasso...

Há um velho ditado que diz:

É oito ou oitenta.

Agora é assim, já passei dos quarenta.

Subtrair, dividir sentimentos negativos o tempo levou,

somar, multiplicar os positivos de lição deixou.

Na busca incessante da felicidade, amor,

na trilha da existência calmamente vou,

sem ter pressa de chegar, seja qual for o lugar.

No peito já não existe ansiedade, mágoa, medo,

vive no compasso da tranqüilidade, certeza, valor.

Sair do casulo foi doloroso, complicado.

Escuridão, dor, sofrimento diário.

Com lixa grossa áspera a lapidação foi necessária

na retirada dos resíduos do diamante bruto.

Anos contínuos de grandes aprendizados,

tarefas sofridas, sabedoria extraída na escola da vida.

Créditos adquiridos na universidade do amor de Deus.

Como garça altaneira, bela e faceira

caminho leve no compasso de um futuro promissor,

repleto de felicidade, saúde, paz, amor,

regado de harmonia, sucesso, prosperidade, valor.

Do casulo restaram as lembranças como criança,

chorava, sofria, mantinha viva a esperança.

Leve agora caminha no compasso da alegria,

espera o tão sonhado encontro com o amor.

Tempo, espaço, distância não existe

para o reencontro com sua alma gêmea.

Seres abençoados, agraciados com história gravada

no infinito do vasto universo de Deus.

escrita:

30/07/07

07:50

Arisia Bertolo
Enviado por Arisia Bertolo em 31/07/2007
Código do texto: T586433