Verão 


 

 

 


É um daqueles destemidos voos noturnos,
de quem conhece os caminhos do céu,
fecha os olhos, ama, ama, e isso lhe basta.

Abre um largo sorriso,
Silencia a voz, e no destino confia.

Leve sonho na implícita saudade,
tão doce é o amor na inquietude da alma,
que sai, cultiva dentro de si só as coisas belas,

alimenta essa terna ilusão, de um dia ter,
Um dia poder sentir em seus braços àquele amor.

Amor,  para sempre encravado nela.


Alma ao mar,
dum entardecer sem sol pois noite se fez.

E sempre elas ao longe, tão belas
dunas escondidas na noite
que ora, dum verão de dezembro se perderão,
banhadas de chuva, sonhando ficarão,
que venha a brisa fria do inverno trazendo sua
adorada lembrança aquecendo minha vida...

                                   Passam as aves
                                   Passam as plumas
                                  Você não passa,
Confundiremo-nos e vamos, amando a solidão.


Há qualquer coisa eu sei, nesse imenso céu
e no céu que habita em mim, quem mora é você,
É essa certeza dum amor, sem divisão,
somente a você pertence esse meu coração.

Um coração que por dentro carrega uma bússola
que persiste fielmente em querer à essa alma guiar,
Meus pensamentos seus, tão seus, eu sua.

Ah minha alma sonhadora!
Que só pousa segura, em seu amor,
de você, nunca, nunca ela se perderá.


 

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 22/12/2016
Reeditado em 13/07/2023
Código do texto: T5860504
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