História - Dores Vermelhas
Eu espalmo a mão sobre a história;
e ela me dá a hora exata da traição.
Lá fora o frio exige perdão;
e por pouco tempo segura a lâmina da guilhotina.
Num grito dilacerado, a voz se consome;
e a cabeça do homem é a marca da culpa.
Máscaras de ferro ocultam faces marcadas pela luta;
E o sangue seco nos troncos,
pedaços de metal maciço, restos de pólvora,
são marcas da prisão injusta e dolorida.
Eu espalmo a mão sobre a história e a história dói;
E suas dores são vermelhas...
E tem fome e tem sede...