História - Dores Vermelhas

Eu espalmo a mão sobre a história;

e ela me dá a hora exata da traição.

Lá fora o frio exige perdão;

e por pouco tempo segura a lâmina da guilhotina.

Num grito dilacerado, a voz se consome;

e a cabeça do homem é a marca da culpa.

Máscaras de ferro ocultam faces marcadas pela luta;

E o sangue seco nos troncos,

pedaços de metal maciço, restos de pólvora,

são marcas da prisão injusta e dolorida.

Eu espalmo a mão sobre a história e a história dói;

E suas dores são vermelhas...

E tem fome e tem sede...

Takinho
Enviado por Takinho em 21/12/2016
Reeditado em 21/08/2020
Código do texto: T5859656
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.