Levantou o dedo à imitação do cacto de Manuel Bandeira. Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária: Laocoonte...’ Restava esperar a morte. Julgado e condenado pela sorte; o homem e o cacto são lançados ao fogo que queima os espinhos da carne. Se nascido para sofrer por certo tudo que lhe aconteceu, estava escrito por antecipação, no livro da vida. ‘Erraste, Fernão, uns caminham para a vida, outros para a morte. Cada um tem seu quinhão de glória ou de infortúnio na escolha que faz.
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Adalberto Lima -- fragmentos de Estrada sem fim...(em construção)
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