Nau do Tempo...
Tantos tesouros se perderam assim,
Na fúria do indomável mar,
Mergulhados no adormecer,
Inútil beleza naufragada,
Por não ser admirada,
Eternizada nos confins.
Mas sempre existirá alguém,
Sabedor da sua existência,
Que levará na mente sua beleza,
A real essência eternizada,
Com essa beleza ali parada,
Nos seus olhos a refletir.
Quem dera eu ter sido o navegador,
Que decifrar-lhe-ia antigos mapas,
capitanear-lhe-ia com sutileza,
Em águas profundas e passadas,
Descobriria essa beleza rara,
E entre as mãos lhe sentiria.