De repente...



De repente uma sensação de tristeza invade o coração impondo o sal das lágrimas...

De repente a alegria se encolhe, a esperança adormece e o silêncio das palavras não ditas tortura a alma...

De repente a primavera se encolhe, o sol se esconde, o arco-íris  desbota e a lua,  despida de magia deixa de ser a musa dos poetas...

De repente restam braços vazios a procura de  abraços....

De repente nos jardins outrora floridos brotam os árduos espinhos das impossibilidades.

E assim, de repente os sonhos se entregam para a realidade onde a indiferença ... Faz toda a diferença...

E a vida....esta segue apática, singular, solitária, como a última bailarina de um espetáculo inexistente,  ante a queda prematura do palco da ilusão.
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 18/12/2016
Reeditado em 18/12/2016
Código do texto: T5856325
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