Martin Luther King
Quanta insensatez cabe em um só homem?
Quanta crueza e vazio vicejam seus dias?
A lembrança do ontem está distante demais,
Esmaecida, amarelada, sem saber-se existência.
Homens-espelhos, quebrados em corpos vazios,
Mentes dormentes, máquinas de pele e osso.
A terra, mãe, chora por seus filhos
Arrancados de seu ventre escuro e fértil.
Séculos substituindo coroa por fardo,
Manto por chibata, amor por ódio!
Quanta sensatez cabe em um só homem?
Quanta humanidade vicejam seus dias?
O homem carrega seus ombros
E por sobre eles séculos de história e luta.
Na bandeira branca deposita seus sonhos
Traz na palavra sua arma maior.
Sobre o manto escarlate choram seus filhos,
Seu legado é imortal e ressoa em cada um de nós.