Martin Luther King

Quanta insensatez cabe em um só homem?

Quanta crueza e vazio vicejam seus dias?

A lembrança do ontem está distante demais,

Esmaecida, amarelada, sem saber-se existência.

Homens-espelhos, quebrados em corpos vazios,

Mentes dormentes, máquinas de pele e osso.

A terra, mãe, chora por seus filhos

Arrancados de seu ventre escuro e fértil.

Séculos substituindo coroa por fardo,

Manto por chibata, amor por ódio!

Quanta sensatez cabe em um só homem?

Quanta humanidade vicejam seus dias?

O homem carrega seus ombros

E por sobre eles séculos de história e luta.

Na bandeira branca deposita seus sonhos

Traz na palavra sua arma maior.

Sobre o manto escarlate choram seus filhos,

Seu legado é imortal e ressoa em cada um de nós.

Silvana Mello
Enviado por Silvana Mello em 15/12/2016
Reeditado em 26/06/2017
Código do texto: T5854197
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