menina má
nas gelosias da noite aparecias a me meter medo
na ponta de cada rama do teu cabelo sombreado escondia fios de segredos
que se fossem revelados estaríamos para sempre perdidos para nós mesmos.
o que vive em nossos desejos é o que satisfaz e o que nos faz falta
as âncoras de tuas sobrancelhas realçam teu rosto delgado e teus olhos de groselhas
boca de tâmara
nariz de judia
quem me tiraria da solidão dos bosques e dos quartos de pensão
e da imagem refletida nos espelhos,
dos maus lençóis
do cobertor curto, do sono de travesseiro
a não ser você
em sua maquilagem de teatro
pele de vidro
vergonhas à mostra
ponta ogival de teus cornos em brasa
e a guarita gradeada para o verão
é nesse corpo que vocifera que descarrego as pulsões do dia e me liberto em tua prisão
e sou castigado com prazer masoquista
ser de relações episódicas, semelhante aquelas manequins expostos nas montras das lojas
no obscuro comércio de desejos
maravilhoso molde mais belo do que qualquer graça;
violino da natureza
diz-me sobre suas falsas verdades e se apoia nos teoremas infinitos
faz de minha cama um leito de deleite
onde nossos fluidos se misturam e contém toda a substância do mundo
desempenha teu papel qual urubu a sol e céu
é em teu corpo que vivo os melhores momentos
preso ao gozo explosivo da tua voluptuosa máquina de prazer ··.
nas gelosias da noite aparecias a me meter medo
na ponta de cada rama do teu cabelo sombreado escondia fios de segredos
que se fossem revelados estaríamos para sempre perdidos para nós mesmos.
o que vive em nossos desejos é o que satisfaz e o que nos faz falta
as âncoras de tuas sobrancelhas realçam teu rosto delgado e teus olhos de groselhas
boca de tâmara
nariz de judia
quem me tiraria da solidão dos bosques e dos quartos de pensão
e da imagem refletida nos espelhos,
dos maus lençóis
do cobertor curto, do sono de travesseiro
a não ser você
em sua maquilagem de teatro
pele de vidro
vergonhas à mostra
ponta ogival de teus cornos em brasa
e a guarita gradeada para o verão
é nesse corpo que vocifera que descarrego as pulsões do dia e me liberto em tua prisão
e sou castigado com prazer masoquista
ser de relações episódicas, semelhante aquelas manequins expostos nas montras das lojas
no obscuro comércio de desejos
maravilhoso molde mais belo do que qualquer graça;
violino da natureza
diz-me sobre suas falsas verdades e se apoia nos teoremas infinitos
faz de minha cama um leito de deleite
onde nossos fluidos se misturam e contém toda a substância do mundo
desempenha teu papel qual urubu a sol e céu
é em teu corpo que vivo os melhores momentos
preso ao gozo explosivo da tua voluptuosa máquina de prazer ··.