A BRISA
Uma brisa sopra tão serena e fresca, surgem lembranças no pensar. Parece que a primavera brotou em seu rosto ameno, caminhava por e entre flores, descalça, deixando-se levar pelo vento. Para que a ilusão entende-se os seus desejos, daquele contraste de emoções e sentires.
E na minha visão... Lá estavas tu, feito anjo, mas cheia de malícias, o nevoeiro encobria os meus desejos, delirava enquanto pensava. Razão forte do pensar, tal como o vento que não parava de soprar, e o cheiro do verde, misturado com o cio das suas vontades, era o que a mente pensava no momento.
Naquele campo, onde a frescura perfumavam as ondas do vento, corria entre o verde da natureza, aquela menina indefesa, deixada à sorte das suas ideias, apenas queria viver e conhecer a liberdade fora das cavernas mentais e de formatações sociais. Ousou-se a despir a túnica da ignorância, ali mesmo naquela natureza acolhedora. Deitou-se na relva, ouvindo os cantares naturais, viajava entre rosas, deixando-se comunicar com a beleza do ambiente, sua alma perdida e perfumada por pequenos orvalhos que caiam das flores, brotou aquele ar no olhar inocente, sem saber que o desejo tornava-a perigosa à sua natureza…
Lá estava ela sem medo do instante, possuída pelo vento da liberdade (…)
By: Merlin Magiko