Cercas e cercanias

roupas balouçavam coloridas no varal.

o vento assoprando sem dor

fazia a inocência sacudir e sorrir

ora,

ela gargalhava

balançando braços e pernas

como todas as roupas leves,

destituídas de impurezas,

espalham odores de florais

no ar...

até surgir um tempo

tempestuoso de pós

amarelando e derrubando

a brincadeira

de fazer festa por simples

fazer

ergueu-se um muro,

para proteger o varal

das maledicências

de quem mata risos

... mas todas as

gargalhadas

cores e perfumes

ficaram aprisionados

e o tempo,

livre e impuro,

castigando lá fora.

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 12/12/2016
Código do texto: T5850982
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