A Fala que calou
Antes que a resposta viesse tinha se valido dos subterfúgios que maqueavam a realidade para não chegar onde a lógica sinalizada. Não teve jeito! Fez tanto que acabou por desaguar na sentença, que foi exarada, sem margem para obscuridade, ambiguidade ou omissão.
O "decisorium" foi tão claro e objetivo que os olhos e ouvidos não necessitaram que fosse relido. Tem instantes que a verdade é tão intensa na sua honestidade em ser que silencia até a emoção , obstruindo o caminho para o choro, a raiva, a derrota...a revolta.
Com a decisão condenando o caso, dando-o como perdido, de tão bem tecida pelos fatos, desmorona a vontade em buscar mais tentativas, recorrer para outras instâncias que a própria lógica continuaria propor articular, mesmo que sem chances de êxito. Ela mesma argumenta: "seria espremer buscando o caldo do bagaço, desnecessariamente, e ainda expor o caso a mais dificuldades, inclusive ao cabo da irreversibilidade do que restou.
Seguir contando com o céu e terra com aquilo que ficou, diz a sabedoria. Sem olhar para trás.
Viver é um milagre sem seguro de continuidade.