Chapecoenses

Decolaram na certeza que a vitória era deles, meninos que encontraram no futebol interiorano a fórmula do sucesso que levaria o time ao pico. Chapecó, chapecoenses.

Não aterrizariam para a busca do troféu, que seria a confirmação definitiva de que poderiam ir muito mais longe.

Para quem viu: o filho, o marido, o namorado, o pai, o amigo, de chuteiras na mão virar as costas e entrar no avião, para depois mudarem de plano, o abraço com o chão no asa dura que faliu. Foram.

A noite foi encerrada, e a manhã chegou sem o time e a equipe. Plateia sem os personagens do jogo no estádio, que de anônimo ganhou espaço no mundo; arena fértil, jogadores mirins promissores a titulares de grandes clubes de futebol, foram ceifados pelo inopino.

Morte e seu espetáculo do arregimento do elemento surpresa. Um jogo dentro do outro dando o xeque-mate. Causou o silêncio fantasmagórico no coração dos brasileiros e do mundo. Mais uma vez.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 30/11/2016
Reeditado em 30/11/2016
Código do texto: T5839429
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