O Equânime

Daria tempo resgatar o que era? Nem pensaria nisso! Depois que acostumou viver sem a dependência do afeto que tanto careceu; do calor, da maciez da mão no corpo.

Segue mumificada, o embalsamado que usou deixou a couraça rígida para sensações. Vê, lê histórias de amantes...ficam elas onde são narradas. Os poros da alma não absorvem mais ao menos o suficiente para o afã da inveja, do não ter e querer.

Segue na frigidez do instante, insensível a qualquer investida das impressões no juízo, que não desiste de chamar a alma para o prazer.

Nem feliz, nem triste. Era o que tinha que ser para seguir com mínimo de lucidez no caminho.

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 29/11/2016
Reeditado em 29/11/2016
Código do texto: T5838360
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.