Patifaria
Patifaria
Não lamentaria mais. Quando olhou para o enfileirado das palmeiras que há anos enfeitavam a entrada da propriedade, suas lágrimas deixaram de serem produzidas pelas emoções conhecidas, secariam pela finalização da compreensão do fato crucial de que até aquele dia não tinha parido a felicidade em si.
Saiu na porta da casa que foi sua, reluzia o para-choque do carro com o reflexo do sol escaldante do meio dia.
Como foi brutal a interrupção do drama interno. Daquela coisa consumível; vislumbrou na mente a possibilidade plausível de significado de que poderia estar errado na estada aqui.
A vida foi conduzida correnteza acima, mesmo que ela dizia ser rio abaixo o caminho.
Contendas e esforços ....quantos! sem ao menos sintonizar com a milésima parte de si naquilo que entendia estar em felicidade.
Não satisfez até o talo desta vida, de protagonista, de escravo a senhor, até bandido. Nada de gosto....tosco.
Ajeitou o cinto, deu partida e foi...agora para o que desse e viesse. Sem o remo do barco.