DEDOS NERVOSOS
Dedos nervosos procuram
Válvula de escape profana
Orgulho e o ódio se duelam
Mente inoportuna e insana
Dedos nervosos presenciam
Fogo entre os dentes dragão
Raios que o partam criam
Cicatrizes na alma canhão
Almas intempestivas sabem
Ser de noite um vampiro doidão
Sugam versos gelados do além
Despertam-se poemas do caixão
Becos sem saídas dedos ficam
Duelos armados na ponta da míngua
Multidão assiste a tudo e criticam
Ratos de porão mordendo a língua...
(Simone Medeiros)
01/05/2016