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O POETA E A SAUDADE

Por que a saudade dói-me tanto...

Pergunta difícil que não se quer calar
Teimosa pergunta aqui se faz imaginar
Por que tanta saudade comporta o coração
Se lágrimas viram poças de mágoas sentidas
Tentando afogar-se nas lembranças, um rosto
Imaginando ser o coração o seu lado oposto
O que move um sentimento ser assim... tão vilão

Será que teremos que pedir ao gato suas vidas?
Por que saudade em demasia mata-me por dentro
Sobrevidas eu as tenho e por precaução as guardo no centro
Das atenções que me são favoráveis, da imaginação
Que guarda-me e conforta-me dos versos que alforriam-me
Do sofrimento...dos lamentos que em vão são proscritos
Transformo-os em meros gritos, dou aos seus, vereditos...

Por que a saudade dói-me tanto...

Por que tenho que ao mundo calar
Se eu tenho na poesia o direito de me pôr do avesso
Se eu tenho na poesia o direito de me pôr frente os dilemas?
Os quais, todos aqueles que me faz por dentro sofrer
Se não for por ela permitido de que serve então a arte da escrita?
Se não pode o escritor se ver livre do que maltrata-te a alma
Se são nos versos, q' o poeta faz c' o passado as pazes o reviver

Então...se não me for permitido, se nada disso tem sentido...
Sofro calada por sentir saudades e morro feliz na poesia
A ponto de ficar ao seu lado noite e dia tentando viver
De poesias, matando de ti de vez em quando, as saudades...

(Simone Medeiros)
30/12/2015
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 25/11/2016
Código do texto: T5834822
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