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---Não fosse a saudade deixada
Por um sonho... pura quimera,
Momentos de ânsias e esperas
Agora silenciadas.
---Morreram sem despedida 
Porque não houve partida!
---Foram momentos distantes,
Encantos que os amantes
Escondem em tênues cortinas...
Em telas sensíveis e finas...
teclados na surdina...

vivendo loucos instantes.
 
--- Não fosse a saudade deixada,
Diria que as madrugadas
Foram miragens...
Desejos frementes...
Pensamentos envolventes
Nascidos de uma utopia.
Desfizeram-se como magia
De meus contos e fantasias.
 
---Não fosse a saudade deixada
Do tudo que foi esse nada,
Talvez nem me lembrasse...
A tua voz se calou!
Quem dera que o silêncio falasse!
Não era amor... o que era nem sei...
Mas, para mim...
Ah! Que doçura dizer: quase amei!
 
---Não fosse a saudade,
 eu me diria
Que  foste a mentira
Que meu desejo criou!
Foste a minha fantasia
Que anda pelas ruas vazias...

---Diria que te encontrei numa curva
Da noite, sem luz, quase turva.
Quis pensar em ti e crer
Durante as noturnas jornadas,
Que as loucuras por mim desejadas,
Fizessem em ti a verdade
Para mim
e só por mim verdade ser!

 
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Najet, Nov. de 2016.
Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 25/11/2016
Reeditado em 25/11/2016
Código do texto: T5833974
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