Poema de lembrança
Faço um poema comum, com mulher ímpar.
Não busco formas,
nem queda meu pensamento sobre o teclado que faz barulho.
É bem verdade que desenho com palavras e faço mapas,
onde me procuro incansável no acalento dos braços,
no abandono dos beijos que lábios depositam em meus lábios.
Faço um perímetro urbano nas linhas das mãos.
E viajo, passeando a estrada na sua direção.
Pouso sublime de carícias, teu corpo, onde me deito.
Tua voz, onde me ouço; tuas lágrimas, onde me rego.
Teu andar, onde caminho; teu caráter, onde me encontro.
Estendo-me no mundo...
Pouso sereno no fundo do teu coração.
Se me aceitas, sinto e permaneço; se não, enlouqueço.
Mas não perco a razão; tento lúcido, no vão da loucura te conquistar.
Faço e refaço milhões de vezes, não me importa.
Sou a insistência do conduzir...
Conduzo-me por unanimidade de meu sentir... Tenho ação.