A contemplação de uma flor
Sinto a luz, hora de nascer.
Raios de sol.
Causam explosões em tom de bege, marrom e coral em minha alma escura e me despertam...
Um degradê de mistério e alegria
O mistério de me abrir inteira em flor pra ti
Em corola multicolorida
às vezes somente em cinza
ou cor de morte...
Sou flor camaleoa.
E como toda flor, sem água seco e murcho.
Sem água não produzo néctar...
Qual é a fonte da água que me nutre? Do que ela é feita?
O que mantém minha estrutura de pé?
É o amor? É a filosofia? Fé? Imaginação?
O sol que surge toda manhã?
A lua que some durante algumas noites, e, me deixa sem um norte em meio a pontos loucos de luz?
Apenas amanheço e permaneço
E não vejo água, não sinto a água.
Ou ela invisível, onipresente
Ou não existe mais.
Achas que porque sou flor, ficarei aqui?
Irei em busca
Da descoberta do que me nutre...