labirintos

Perdi-me nas rotas das tuas borboletas

Ofusquei-me no crepúsculo do teu olhar

Nos roteiros dos teus cabelos

Confundi meu destino

Entre teus seios esqueci dos badalar

Do sino

Da estação da cigarra

O percurso do albatroz

O balé das andorinhas

O ser perde a razão

E passa a vagar por aí

À toa

Pelas ruas do ocidentes

Por entre os esgotos

Tomando banho de chuva

Comendo fermentados brotos

A vantagem é que acabei

Tornando-me um bardo

Poeta de rimas pobres

E acordes regular no alaúde

Amiúde

Acordo com o crepúsculo

Aquarelado

Abrindo meus olhos

E o canto do bem-te-vi

As gelosias da minha janela

Verde

Nos labirintos das suas lendas

Entre seus tricotados de rendas

Troquei o roteiro do meu mapa

E sai pra vida num fusca azul

Mas levei meu camaleão

Meu terno e gravata

E meu arranhado violão

Com ele fiz uma canção

Pra tocar nas ondas de uma AM

E criar um maremoto no teu coração

Claro que uma rosa bela

Apelida os colibris

luiefmm
Enviado por luiefmm em 20/11/2016
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