Espelhos
As pessoas forçam-me à fingimentos e finjo estar tudo bem. Forçam-me à constrangimentos e a pedir desculpas.
Espelhos me dão liberdade, de dizer a verdade, de minha boca à minha boca, de meus olhos aos meus olhos.
São mistérios transparentes, e tem tudo da gente.
São profanos ao sexo, ao susto atrás do sexo.
São mulheres virgens, inocentes, prostitutas indiferentes e tem um prazer cego no corpo, brilhante e completo nos olhos.
Os espelhos forçam-nos a terem uma aparência,
e de vez em quando são feios, outras vezes, bonitos,
são velhos e crianças, nus e vestidos,
transparente, fechado, sua frente não denuncia limites.
Nem reflete sons...
Espelhos me dão liberdade de dizer a verdade,
de minha boca à minha boca, de meus olhos aos meus olhos.